Reconhecimento facial por celulares: oportunidades e desafios

No Brasil, o reconhecimento facial se popularizou recentemente. Foi em 2017, com a adoção do Face ID para desbloqueio de tela dos modelos de iPhone X, que a tecnologia tornou-se mais acessível a smartphones.

Posteriormente, o Facebook passou a adotar a detecção facial em fotografias postadas na rede. O Snapchat seguiu o mesmo caminho e popularizou filtros que detectam expressões faciais dos usuários na hora de produzir efeitos e interações.

Nem todos os modelos de celulares possuem sensores capazes de mapear e ler rostos. Por isso, quando se fala sobre o uso de reconhecimento facial para ampliar a segurança de uso de aplicativos, é importante ressaltar algumas informações.

A primeira é que qualquer sistema de comparação, como é a biometria facial e, também, a digital, deve possuir qualidade em seu banco de dados. Dessa forma, o sensor da câmera de reconhecimento facial deve captar informações nítidas em diferentes níveis de luminosidade e pixels.

A ferramenta também deve contar com inteligência e tecnologia suficientes para diferenciar usuários de variadas etnias e cores. Dito isso, como o sistema de reconhecimento facial tem sido introduzido em aparelhos móveis?

Como funciona em modelos iOS?

Como pioneira em reconhecimento facial, a Apple oferece alguns recursos nativos que podem se associar a serviços de inteligência artificial. Além do desbloqueio de tela, é possível autorizar compras e pagamentos por meio da leitura da face. Você também pode iniciar uma sessão em vários apps de terceiros com maior comodidade e rapidez.

Outro recurso é o app Casa do iPhone. Para utilizá-lo é necessário contar com uma campainha ou câmera compatível. A partir disso, é possível receber uma notificação pelo app se uma pessoa identificada no aplicativo de fotos estiver na porta.

Como funciona em modelos Android?

Já em celulares com o sistema operacional Android, os recursos disponíveis dependem da marca do aparelho. Nem todos têm opções de celular com reconhecimento facial.

Entre as funcionalidades disponíveis estão a ativação e a desativação de agrupamento das fotos da Galeria Go por reconhecimento facial. A galeria é uma opção off-line e também funciona com cartões SD.

Assim como nos modelos iOS, é possível realizar pagamentos por meio da biometria facial. Lembrando que os recursos podem ser ativados ou desativados. Por isso, verifique como colocar reconhecimento facial no celular de acordo com o modelo que possui.

Reconhecimento facial: tecnologia em apps

O recurso tem sido aliado para a segurança de determinados apps e, também, na busca de diminuir fraudes. Um desses exemplos é o dos aplicativos de entregas, como iFood, Rappi e Uber Eats.

Os apps implementaram a checagem por meio de uma selfie dos entregadores. Dessa forma, o aplicativo verifica se a foto enviada é a mesma do cadastro.

Já no setor das fintechs, o reconhecimento facial é utilizado para verificação de usuários. Alguns aplicativos solicitam uma selfie para validar o cadastro.

O Whatsapp está testando como funciona o reconhecimento facial para bloqueio e desbloqueio do app. A ideia é que somente o rosto cadastrado possa ler as mensagens. Atualmente, o aplicativo oferece a opção por meio da impressão digital.

O reconhecimento facial também foi adotado por alguns aplicativos em meio à crise da epidemia do novo coronavírus. É o caso da Uber, em que o usuário denunciado pelo motorista por embarcar na viagem sem máscara deve enviar uma selfie utilizando o acessório. Só a partir daí é possível utilizar o serviço novamente.

A privacidade digital é regulamentada pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil.

Cenário atual de desafios e mudanças

O uso de máscaras devido às medidas de prevenção à COVID-19 tem sido um desafio para quem apostava no reconhecimento facial. Os usuários dos modelos mais recentes de iPhone, com Face ID, não contam com outra forma de desbloqueio por biometria. A gigante da maçã está em busca de soluções mais adaptáveis para resolver a questão.

Um dos substitutos para o reconhecimento facial já testado pela Samsung é a biometria da íris. A função era intuitiva, no entanto, pouco segura. Diante de tal cenário, é perceptível a preocupação de que a tecnologia deve ser adaptável e o desenvolvimento de recursos extras sempre deve contar com planos A, B e C.

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